Abolição da escravatura
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A escravatura foi prática comum no Brasil desde o período colonial até ao fim do Império. A maior parte dos escravos era proveniente do continente africano, mas uma parte da população indígena brasileira também foi escravizada. Os escravos eram usados principalmente em trabalhos ligados a agricultura e pecuária.
A Lei áurea, que pretendia acabar de forma definitiva com a escravidão no Brasil, foi precedida por uma série de outras leis, que foram começando a libertar os escravos e retirar poderes aos fazendeiros, como a Lei Eusébio de Queirós (1850), a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1885).
Quando atingimos a década de 1880, vemos que diferentes setores da sociedade defendiam o fim da escravidão. Ao mesmo tempo, devemos salientar que um número significativo de proprietários de terra empregava a mão de obra dos imigrantes europeus no lugar dos escravos, sendo assim, no ano de 1888, quando a princesa Isabel estabeleceu o fim da escravidão pela Lei áurea, essa modalidade de exploração da mão de obra se mostrava inviável.
Devemos aqui destacar que a abolição só deu fim a escravidão, mas não deu fim a exploração do trabalho dos ex-escravos. Afinal de contas, a Lei áurea não contava com nenhum tipo de auxílio ou projeto que facilitasse o grande número de negros libertos a serem devidamente inseridos na sociedade brasileira.
Por fim, vemos que a lei que encerra a exploração da força de trabalho dos negros, não falava sobre os desafios e problemas que essa grande parcela da população enfrentaria a partir daquele momento.
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